Quarta-feira, 19 de Outubro de 1921Revolução radical em Lisboa035059
"Noite sangrenta". Tentativa revolucionária em Lisboa. Na madrugada de 19, os revoltosos, constituindo uma junta revolucionária, instalam-se no Parque Eduardo VII; tem do seu lado os sectores republicanos radicais da Marinha e da Guarda Nacional Republicana («guarda pretoriana do regime»). As forças afectas ao Governo, comandos militares e policiais, não conseguem o controlo da situação. De manhã, Granjo que regressa da Amadora para o quartel do Carmo, constata a impossibilidade de resistir e comunica ao PR a sua demissão. António Granjo, que procura refugio em casa de Cunha Leal, é sequestrado por uma conjunto de marinheiros, soldados da GNR e civis armados, transportado para o Arsenal e morto a tiro. Cunha Leal é ferido, Carlos da Maia e Botelho de Vasconcelos são feridos. Machado Santos (herói do 5 de Outubro) é morto à porta de casa; Freitas da Silva, chefe de gabinete do ministro da Marinha, é também assassinado. A junta revolucionária era composta por Manuel Maria Coelho, coronel da reserva que participara no 31 de Janeiro de 1891, capitão-de-fragata Procópío de Freitas e major Cortês dos Santos, proclama a necessidade da formação de um «Governo de Salvação Pública».
ano:
1921 | tema:
Violência (política)